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SEMA
Publicado: Quarta, 27 de Outubro de 2010, 12h06 | Última atualização em Sexta, 12 de Julho de 2019, 17h03 | Acessos: 1724 | Categoria: Notícias
Foto: Marcos Vergueiro
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Todos os anos, as aves aquáticas do Pantanal se reúnem numa determinada área para construir seus ninhos, formando grandes colônias de reprodução. Esta concentração de aves nidificando numa mesma área é conhecida regionalmente por “viveiro” ou “ninhal”.

Num único viveiro pode haver centenas ou milhares de aves construindo seus ninhos ao longo da mata ciliar ou em capões e cordilheiras próximos de rios, corixos e baías. Podem ser formados por biguás, biguá-tingas e baguaris (ninhal preto) ou por garças, colhereiros e cabeças-secas (ninhal branco).

Há aves que reproduzem todos os anos, no mesmo local, entretanto isso não acontece sempre. As causas podem estar relacionadas a fatores naturais (pulso de inundação, disponibilidade de alimento) ou antrópicos (turismo desordenado, fogo, desmatamento, navegação intensa, captura de iscas vivas, coleta de ovos e filhotes, animais domésticos), podendo levar o ninhal à extinção ou mudança das aves do local de nidificação.

Por serem ambientes extremamente sensíveis e ameaçados, a Coordenadoria de Fauna e Recursos Pesqueiros vem mapeando e monitorando estas áreas no Pantanal Mato-grossense desde 2006.

 

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Ninhal do Rio Três Irmãos

Objetivos

1) Conhecer a distribuição dos ninhais no Pantanal;
2) Identificar as atividades que possam estar comprometendo a reprodução das aves;
3) Adotar medidas de proteção e conservação destas áreas;
4) Produzir material científico, informativo e educativo;
5) Ordenar a atividade turística.
 

  

  

Parcerias

Este trabalho é desenvolvido em parceria da Coordenadoria de Unidades de Conservação, Coordenadoria de Fiscalização de Fauna e Flora, Gerência Regional do Parque Estadual Encontro das Águas, Gerência Regional das Estradas Parques e Diretoria de Unidade Desconcentrada de Cáceres.

Para o desenvolvimento destas atividades, contamos ainda com o apoio e a participação de várias fazendas, pousadas, hotéis, empresas, instituições e moradores locais na região.

Resultados

Até novembro de 2011, mapeamos cerca de 53 ninhais (46 ativos e 7 extintos) distribuídos na região do Pantanal Mato-grossense, nos municípios de Barão de Melgaço, Cáceres, Poconé, Nossa Senhora do Livramento e Santo Antonio de Leverger.

  

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Ninhal Preto (identificação)

Os biguás, biguatingas e baguaris são o primeiro grupo a se estabelecer. Eles chegam ao ninhal em março, quando o nível da água ainda está alto, e permanecem até junho ou julho. Durante a vazante e início da seca, os adultos e seus filhotes crescidos se dispersam deixando o local para o próximo grupo.

 

Biguá (Phalacrocorax brasilianus)

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Biguatinga (Anhinga anhinga)

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Baguari (Ardea cocoi)

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Ninhal Branco (identificação)

As garças, colhereiros e cabeças-secas chegam a partir de junho, quando o nível das águas está mais baixo, permanecendo até novembro, quando as águas começam a subir.

  

  

Garça-branca (Ardea alba)

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Cabeça-seca (Mycteria americana)

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Colhereiro (Platalea ajaja)

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Ninhais do Pantanal Mato-grossense: Guia de Conservação dos Viveiros Naturais de Aves Aquáticas
(CLIQUE AQUI PARA DOWNLOAD)

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